Os filhos confiam, os filhos entregam-se. E uma mãe está sempre por perto. Tu a vês mesmo quando ela não se mostra.

E nós, somos capazes de vê-la?

Bem-aventurado quem vê com o coração.

Nossa Senhora Aparecida

Os pequenos pescadores Domingos, Filipe e João

Ao amanhecer de 12 de outubro de 1717, Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves empurraram o barco às águas do rio Paraíba que corria perto da sua aldeia. Não pareciam ter sorte naquela manhã: lançaram as redes por horas, sem nada pescar. Tinham quase decidido desistir, quando João Alves, o mais jovem, quis fazer uma última tentativa. Lançou então a rede nas águas do rio e puxou-a lentamente. Havia algo, mas não era um peixe... parecia mais um pedaço de madeira. Quando o libertou das malhas da rede, o pedaço de madeira revelou-se como uma estátua da Virgem Maria, infelizmente sem a cabeça. João lançou novamente a rede na água e desta vez, ao puxá-la, encontrou preso outro pedaço de madeira de forma arredondada que parecia ser a cabeça da mesma estátua: tentou juntar as duas peças e percebeu que se encaixavam perfeitamente. Como obedecendo a um impulso, João Alves lançou novamente a rede na água e, quando tentou puxá-la, viu que não conseguia, porque estava cheia de peixes. Os seus companheiros também lançaram as redes na água e a pesca daquele dia foi verdadeiramente abundante.

A mãe vê as necessidades dos filhos; Maria viu as necessidades dos três pescadores e foi em socorro deles. Os filhos deram-lhe todo o amor e a dignidade que se pode dar a uma mãe: juntaram os dois pedaços da estátua, colocaram-na numa cabana e fizeram dela um santuário. Do alto da cabana, Nossa Senhora Aparecida – que quer dizer aquela que apareceu – salvou um filho seu, um escravo que fugia dos patrões: viu o seu sofrimento e devolveu-lhe a dignidade. E hoje, aquela cabana é o maior santuário mariano do mundo e traz o nome de Basílica de Nossa Senhora Aparecida.

Maria, Mãe que vê.

Tu, que viste o sofrimento dos teus filhos maltratados, a começar pelos discípulos, te colocaste ao lado dos teus filhos mais pobres e perseguidos. Foi deles que te aproximaste, foi a eles que te manifestaste.

Não te escondas do olhar da mãe: ela enxerga até os teus desejos e necessidades mais secretos.

Intervenção Do Reitor-Mor

Maria Santíssima, dignidade e justiça social.

A Bem-Aventurada Virgem Maria é um espelho da dignidade humana plenamente realizada, silenciosa, mas poderosa e inspiradora para um correto sentido da experiência social. Refletir sobre a figura de Maria em relação a esses temas revela uma perspectiva profunda e surpreendentemente atual.

Olhemos para Maria, a mulher plena de dignidade, como um dom que, para nós hoje, nos ajuda a olhar para a sua pureza original, que não a coloca num pedestal inacessível, mas a revela na plenitude daquela dignidade pela qual todos nos sentimos um pouco atraídos, chamados.

Contemplando Maria, vemos brilhar a beleza e a nobreza precisamente da dignidade do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, livre do jugo do pecado, plenamente aberto ao amor divino, uma humanidade que não se perde nos detalhes, nas coisas superficiais.

Podemos dizer que o “sim” livre e consciente de Maria é aquele gesto de autodeterminação que a eleva ao nível da vontade de Deus, que entra de alguma forma na lógica de Deus. Sua humildade a torna ainda mais livre, longe de ser diminuída pela humildade. A humildade de Maria se torna a consciência da verdadeira grandeza que vem de Deus.

Essa dignidade de Maria nos ajuda a olhar como nós estamos vivendo a nossa dignidade no cotidiano. O tema da justiça social pode parecer menos explícito, mas a partir de uma leitura contemplativa e atenta do Evangelho, especialmente do Magnificat, somos capazes de captar, sentir e encontrar aquele espírito revolucionário que proclama a derrubada dos poderosos de seus tronos e a elevação dos humildes, isto é, a derrubada da lógica mundana e a atenção privilegiada de Deus para com os pobres e os famintos.

Palavras que fluem de um coração humilde, cheio do Espírito Santo. Podemos dizer que são um manifesto de justiça social “ante litteram”, uma antecipação do Reino de Deus, onde os últimos serão os primeiros.

Contemplemos Maria para que nos sintamos atraídos por esta dignidade que não se limita a fechar-se em si mesma, mas é uma dignidade que no Magnificat nos desafia a não permanecer fechados na nossa lógica, mas a abrir-nos, louvando a Deus, procurando viver o dom recebido para o bem da humanidade, com dignidade para o bem dos pobres, para o bem daqueles que são os descartados da sociedade.

A voz dos meninos

E nós, nos escondemos ou dizemos tudo, como fazem as crianças?

Oração de um filho que tem medo

Maria, tu que te mostras a quem sabe ver…

torna o meu coração capaz de restituir dignidade.

Na hora da provação, olha para as minhas falhas e preenche-as. Na hora do cansaço, olha para as minhas fraquezas e cura-as.

Na hora da espera, olha para as minhas impaciências e cuida delas.

Para que eu, olhando para os meus irmãos, possa olhar para as suas falhas e preenchê-las,

ver as suas fraquezas e curá-las, sentir as suas impaciências e cuidar delas. Porque nada cura como o amor e ninguém é forte como a mãe que busca justiça para seus filhos.

Então, também eu, Mãe, detenho-me aos pés da cabana, olho com olhos confiantes para a tua imagem e peço-te pela dignidade de todos os teus filhos.

Ave Maria…

Bem-aventurado quem vê com o coração.

Quando as pessoas pediam alguma graça especial, Dom Bosco costumava dizer:

“se deseja obter graças da Bem-Aventurada Virgem, faça uma novena” (MB IX, 289). A novena, segundo ele, deveria acontecer se possível “na igreja, com fé viva” como um ato de fervorosa homenagem à Eucaristia. Segundo Dom Bosco, para que a novena seja eficaz, as disposições da alma devem ser as seguintes:

  • Não coloque a sua esperança nas forças humanas, mas tenha fé em Deus.
  • Repousar o pedido totalmente em Jesus Sacramentado, fonte de graça, de bondade e de bênção, e sobre o poder de Maria, que Deus quer glorificar sobre a terra.
  • Acrescentar sempre à intenção “Seja feita a Tua vontade” e a condição “se for para o bem da alma da pessoa”.

Três vezes: Pai Nosso… Ave Maria… Glória… para a Sagrada Eucaristia, cada vez seguida pela oração: “Bendito e louvado seja a cada momento o Santíssimo e Divino Sacramento”.

Três vezes: Salve a Rainha Santa ... seguidas pela oração: “Maria Auxiliadora, rogai por nós”.

Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção, implorado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Ámen

CONDIÇÕES PESSOAIS REQUERIDAS:

Aproxime-se dos Sacramentos da Reconciliação e da Sagrada Eucaristia.

Faça uma oferta ou faça algum trabalho para apoiar o apostolado, preferencialmente em nome da juventude.

Renove a sua fé em Jesus na Eucaristia e na devoção a Maria Auxiliadora.

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