(ANS – Roma) – Seguimos com o aprofundamento do Dia Missionário Salesiano 2023 “Cuidar da criação – a nossa missão”, no dia 11 de cada mês. Hoje publicamos um trecho do artigo escrito pelo P. Damian Taiwo Akintemi SDB, Mestre dos noviços da Inspetoria AOS, em Gana. Desta vez, o tema para a reflexão é: "O que é a pobreza segundo o Evangelho?"

Muitas vezes nos referimos à pobreza como falta de dinheiro, comida, abrigo ou outras necessidades básicas. No entanto, quando falamos da pobreza evangélica, nos referimos ao dom gratuito de nós mesmos: doação e partilha, superação da constante tentação do lucro, do cálculo egoísta, da exploração e da manipulação dos outros, de si ou das coisas.

Podemos dizer que a pobreza é uma carreira, uma das mais complicadas, na verdade. Requer um treinamento prático duro, tão duro e exigente que o Senhor Jesus decidiu guardar para si o ensino desta disciplina. O significado evangélico da pobreza salesiana pode ser visto em Jesus de Nazaré que, apesar de rico, se fez pobre.

Abraçar a pobreza voluntária torna-se um valor para quem é chamado por Deus a ser religioso. Por que escolher uma vida de pobreza? Olhemos para a simplicidade da vida de Cristo, porque Jesus quis ser pobre, Ele escolheu a pobreza como companheira constante da sua vida e adotou um estilo de vida simples para cumprir a missão que lhe foi confiada.

Este modo de vida simples pode ser encontrado entre os africanos que vivem do suor do seu rosto; expressam alegria e satisfação pelo pouco que têm para viver. Os salesianos testemunham o valor evangélico da pobreza com um estilo de vida simples, herdado de Dom Bosco. Uma das coisas mais interessantes é a sensibilidade pelo ambiente em que vivem e pelas pessoas que os cercam.

A nossa pobreza evangélica torna-se positiva quando é fruto e manifestação do amor ao próximo e a toda a Criação: manifesta-se como carisma de humildade, simplicidade, desprendimento, solidariedade e fraternidade com todos, começando pelos mais necessitados, hospitalidade, "opção pelos pobres" e "promoção da justiça", superação de todas as formas de exploração, burguesia (do tipo capitalista) e consumismo. Acolhemos, portanto, o convite do Santo Padre para cuidar da nossa Casa Comum, para vivermos na alegria, na paz e na harmonia.

Fonte: ANS

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