“(...) Mornese, pequeno povoado sobre as colinas do Monferrato, na diocese de Acqui. (...) Aí nasceu a afortunada menina, no dia 9 de maio de 1837. Era uma terça-feira, dia da semana escolhido por Dom Bosco para, nas suas casas, honrar os anjos da guarda. Parece que a Providência quisesse significar assim a missão que lhe seria confiada.

Batizada no mesmo dia, recebeu o nome de Maria Domingas em homenagem à avó materna, Maria, e ao avô Domingos. Maria, o nome da Virgem Imaculada; Domingas, que significa “do Senhor”. Nome que foi abreviado para Maria e que, além de ser uma herança cristã de família, era um prenúncio, símbolo e promessa para ela. A pequena logo demonstrou que o levaria com honra.” (Cronistória do Instituto das FMA Volume 1 – p. 28 e 29)

Maria Domingas nasceu em uma numerosa família de camponeses, em 9 de maio de 1837 em Mornese (Itália). Dotada de força física não comum, desde menina trabalha nos campos com o pai Giuseppe. É formada na família em um profundo sentido de Deus, a uma laboriosidade incansável e àquele acentuado senso prático e profundidade de juízo que manifestou em seguida, também como Superiora. Em 1855 inscreveu-se na Associação das Filhas da Imaculada, cultivando uma profunda espiritualidade apostólica.

Em 1860 também a aldeia de Mornese é atingida pelo tifo. Seu confessor, Pe. Domingos Pestarino, sugere que ela vá cuidar de alguns parentes necessitados de assistência. Maria aceita, mesmo sabendo que podia ser contagiada, e o foi de fato. Recuperada a saúde, sente-se constrangida a deixar o trabalho agrícola, não só pela perda da força física da qual gozou antes, mas também porque surge nela uma clara intuição que considera um chamado de Deus. Dedica-se assim à educação das meninas da aldeia, abrindo uma oficina de costura, um oratório festivo e depois uma casa para crianças sem família. Envolve a amiga Petronilla em seu projeto e aprende a profissão de costureira para ensinar as meninas pobres não só a costurar, mas especialmente a conhecer e amar a Deus. Em seguida, em uma misteriosa visão, vê um grande edifício com muitas meninas que correm no pátio, e ouve uma voz: “A você as confio”.

Acolhe então a primeira orfãzinha das quais passa a cuidar com ternura de mãe, ajudada nesta missão por algumas outras jovens pertencentes, como ela, às Filhas da Imaculada.


Em 1864 Dom Bosco vem de Turim a Mornese, com seus jovens em um passeio de outono e, encontrando Pe. Pestarino que se tornara Salesiano no ano anterior, fala-lhe da exigência de colaborar em seu desejo de abrir um colégio para os meninos da aldeia e arredores. Nessa ocasião Maria Domingas percebe que está se encontrando com um santo e diz: “Dom Bosco é um santo, e eu o sinto”.


O Papa Pio IX encoraja Dom Bosco, que há anos cultiva no coração o projeto de fundar um Instituto feminino para também fazer para as meninas o que ele estava realizando para os meninos. Com a sábia colaboração de Pe. Pestarino, escolhe entre as Filhas da Imaculada as primeiras pedras fundamentais do futuro Instituto.

No dia 5 de agosto de 1872, as primeira onze jovens emitem a profissão religiosa nas mãos do Bispo de Acqui, Dom Giuseppe Sciandra, na presença de Dom Bosco.  O Instituto chamado Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) cresce rapidamente e Ir. Maria Mazzarello, como Superiora, se demonstra hábil formadora e mestra de vida espiritual. Entre ela e Dom Bosco há uma sintonia profunda em nível carismático; Maria Domingas tem uma acentuada capacidade educativa, o dom da alegria serena e tranquilizante, e a arte de envolver outras jovens no compromisso de se dedicarem à promoção da mulher para que possa ser na família, na Igreja e na sociedade, boa cristã e honesta cidadã.


Em 1877, compartilhando o ardor missionário dos irmãos Salesianos, as primeiras FMA partem para as missões e fundam a primeira comunidade no Uruguai, à qual se seguirão as casas da Argentina, depois de um ano.

Ir. Maria Domingas, atingida aos 44 anos por uma forma grave de pleurite, morre no dia 14 de maio de 1881 em Nizza Monferrato, para onde foi transferida a primeira comunidade das FMA dois anos antes, a partir de então nomeada Casa Mãe.

Fonte: RSB

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