No mês de novembro, celebramos a Consciência Negra, sendo o dia 20 de novembro uma data oficializada por uma Lei de 2011, inicialmente em alguns Estados ou cidades para relembrar as lutas dos movimentos negros pelo fim da opressão provocada pela escravidão. Essa data refere-se à morte de Zumbi, importante líder do Quilombo dos Palmares, situado no Nordeste do Brasil.

O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, e reivindica essa figura histórica como símbolo de resistência, capturado em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho.

Zumbi é considerado um dos maiores líderes da história brasileira, mas, principalmente, como representante da resistência negra contra a escravidão. Além de ter lutado contra as violências sofridas pela população escravizada, lutou pela liberdade religiosa e cultural de seu povo. O Quilomgo dos Palmares, foi um Quilombo socialista: haviam negra, brancos, indigenas; havia uma moeda. Ele foi morto em 20 de novembro de 1695.

Qual é a importância da consciência? Consciência é um sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de sua existência e do mundo em que vive.

Em 1971, na cidade de Porto Alegre, o Dia Nacional da Consciência Negra foi proposto pelo poeta, professor e pesquisador gaúcho Oliveira Silveira, em reunião do Grupo Palmares, associação que reunia militantes e pesquisadores da cultura negra brasileira. Criaram o dia da consciência negra.

Qual é a importância do dia 20 de novembro?

A data homenageia a resistência e luta de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que foi morto em 20 de novembro de 1695.há 8 horas

Hoje os Quilombos e as comunidades negras continuam lutando, numa sociedade racista, para acabar com o racismo que está ligado à ideia absolutamente equivocada de que há diferenças externas e corporais entre os seres humanos, que manifestariam superioridade ou inferioridade de determinados grupos em relação a outros. Isso significa que o racismo estabelece uma visão de hierarquia entre as etnias. Os principais temas que podem ser abordados no Dia da Consciência Negra são o racismo, a discriminação, a desigualdade social, a inclusão do negro na sociedade, as religiões e as culturas afro-brasileiras.

Neste dia da Consciência Negra devemos perceber, refletir, evitar desejar, transformar os próprios processos mentais. mesmo antes desconhecidas (insights). Olhar para o futuro, decidir por caminhos, usar a vontade deliberadamente. Consciência clara quando se está plenamente consciente. Celebrar as nossas conquistas, nossas identidades, dignidade e o respeito pelas outras etnias. Lutar  para  a implementação de políticas de reserva de vagas raciais e sociais nas universidades públicas, que visa corrigir desigualdades históricas no acesso à educação, proporcionando oportunidades a grupos ainda historicamente marginalizados e enfrentar os desafios de uma educação inclusiva. A consciência negra é, basicamente, o orgulho da cor da pele negra. A ideia foi extraída dos movimentos sociais que lutam contra o racismo e pela igualdade racial. O Dia da Consciência Negra é também um dia de luta pela inclusão racial. Conforme a convenção do IBGE, no Brasil, negro é quem se autodeclara preto ou pardo, pois população negra é o somatório de pretos e pardos. Para fins políticos, negra é a pessoa de ancestralidade africana, desde que assim se identifique.

O início da Pastoral Afro-brasileira tem relação a partir da década de 1970 quando um grupo de padres negros é chamado na Sede da CNBB para elaborar um documento para a Conferência de Puebla, em 1979, no México. Em 1988, a Campanha da Fraternidade propôs discutir o tema: "A Fraternidade e o Negro - Ouvi o clamor deste povo". A partir destes e outros movimentos, foi que em 1998, o bispo negro Dom Gilio Felicio oficializou essa pastoral no território brasileiro.

É importante entender que essa pastoral nasceu depois de um longo caminho de reflexão sobre o papel da comunidade negra católica. Também celebrar o início e a continuidsde na CNBB do escritório da Pastoral Afro-brasileira, a organização da Pastoral Afro-brasileira nas Dioceses e a continuidade, hoje celebramos a 29ª   Romaria das Comunidades Negras ao Santuário Nacional  a Aparecida, lugar de repercussão de sua mensagem de forma nacional. Existem dois grupos de trabalho o Instituto Mariama, uma associação que reúne bispos, padres e diáconos negros e tem como finalidade colaborar para a formação de agentes de pastoral negros, especificamente desses ministérios. Outro aliado neste trabalho é o Encontro de Pastoral Afro-Americana e Caribenha (EPA), que reúne agentes dessa pastoral a cada três anos para refletir temáticas de interesse do grupo.

A população afro-brasileira é herdeira de uma profunda tradição de fé. Tudo é sagrado. Não há separação. Tem uma frase do Padre Heitor Frizotti: “Há um cheiro de Evangelho nas coisas do negro/a”. E o AXÉ é energia vital. A fonte do AXÉ ESTÁ NO Deus da vida, Senhor absoluto de toda a criação. Em Cristo Jesus, o Libertador e Salvador, está a superação de todas as dificuldades, inclusive a escravidão. Sob a ação do Divino Espírito Santo a comunidade vive e age unida;

Há um Documento Africe Terraruim, de São Paulo VI, sobre a tradição afro-religiosa, família, o sagrado, a ancestralidade e a vida comunitária que é a expressão maior da sua vivência.


Por Jurandyr Azevedo Araújo, SDB

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